Declínio da Memória

O estresse é uma das principais causas de perda de memória nos dias em que vivemos e costumamos culpar por esse estresse o nosso cotidiano, com suas exigências crescentes e muitas vezes absurdas de desempenho em um mundo onde, todo dia, se inventa uma nova regra, um novo imposto, uma nova lei que restringe nossa liberdade, uma novidade burocrática que nos surrupia momentos preciosos, uma nova doença que pede novos cuidados, um trabalho que exige metas crescentes de performance… enfim, não é errado reconhecer o quanto a vida que estamos criando é estressante, mas o que muitos não sabem, é que a principal causa de nosso estresse está dentro de nós. E a carregamos e alimentamos, em geral, inconscientes do que estamos fazendo.

Sim, a principal causa do estresse diário, esse que nos consome por dentro e come nossos neurônios e órgãos, esse que causa não apenas a diminuição da memória, mas uma desorientação pessoal e diminuição de performance em todas as áreas de nossa vida é uma luta interna que se trava, silenciosamente, dia e noite em todos nós. Vivemos divididos. Há sempre uma força que nos impele ao que desejamos e outra que tenta nos impedir de nos dirigirmos em direção ao desejo.

Somos todos seres criativos ao nascer, mas nossa educação tenta nos alienar de nossa natureza, somos treinados para evitarmos a autenticidade, e o preço que pagamos por esse equívoco de nossos pais e nossa sociedade é grande. Não é possível eliminar nossa natureza, e, uma vez reprimida, ela passa a funcionar inconsciente e subliminarmente, sempre pressionado nossas atitudes, enquanto nos esforçamos para continuar represando-a e escondendo-a em algum lugar que nos pareça seguro. Temos com isso, parte de nossa energia tentando se manifestar, e outra parte se mobilizando para impedir essa manifestação. Embora não percebamos, estamos em luta conosco mesmos, em uma guerra, onde os dois lados são “armados” por nossas reservas de energia. E, a energia que investimos e gastamos nessa guerra, é a mesma que precisávamos para nossas funções vitais, como respirar, digerir, andar, fazer amor e também para pensar.

Essa guerra parece consumir pouca energia, mas ela é constante e, com isso, exaustiva. Certa vez li um conto de um escritor desconhecido onde o personagem em uma viagem cotidiana de ônibus, se afeiçoa por uma moça à primeira vista e quer se aproximar dela, mas vêm à sua consciência todas as restrições aprendidas e avisos internos de que a aproximação pode dar errado, que é melhor se conter. Durante o conto, ele trava um embate interno entre justificativas para si mesmo que criem algum conforto para não chegar à moça e o desejo, que não quer se calar, de lançar-se perdidamente a ela. Ele começa a se perguntar por que não pode simplesmente ter acesso às coisas que quer. E entra em um embate entre as proibições adquiridas da sociedade e o anseio de lutar pelo que quer. Quando vê, gastou toda a sua energia em um embate interno e não tem mais forças para se dirigir à moça quando percebe que essa se afasta para descer em seu ponto. Ele próprio se derrotou, com o medo de ser derrotado. Ele próprio deixou de viver pelo medo de não conseguir a experiência. E, o principal, se vê esgotado, e mais imobilizado que no início da viagem.

Todos passamos por isso em algum grau, desde que o primeiro átomo surgiu na existência, encontrou resistência do ambiente, por estar confinado ao tempo e ao espaço. Todo átomo é energia, e energia não sabe ficar parada, mas, se está no tempo e no espaço, encontra resistência a esse movimento. Está na memória de cada átomo. Mas a maneira como a sociedade sofisticou esse jogo entre ação e resistência, tem requintes de crueldade. Desde pequenos, escutamos de nossos pais que se fôssemos quem éramos de verdade, o mundo passaria como uma moto-niveladora sobre nós, mas se substituíssemos nosso ser legítimo por um personagem socialmente adequado, o mundo nos brindaria com todos os prêmios que alguém poderia ambicionar para a felicidade. Se fôssemos quem nos éramos naturalmente, acabaríamos como párias, na penúria, mas se fôssemos quem nossos pais nos diziam para sermos, teríamos um bom salário, carro, casa própria, casamento sólido, amigos fiéis e tudo o mais que a sociedade pudesse nos prover. Aí começou o embate. Ou a tentativa de massacre de nossa real identidade. Aí começou-se a construir o edifício do estresse em nós.

O primeiro passo para nos livrarmos do estresse, é sermos novamente fiéis ao nosso centro mais legítimo, à nossa realidade interior mais espontânea. Mais que a regras socialmente convenientes.

Mas, se por um lado, quando fazemos isso começamos a eliminar a causa interna do estresse,  se começamos a experimentar uma integração emocional e psicológica que nos torna mais saudáveis, por outro lado, provocamos o mundo ao nosso redor a assumir o papel de oponente. Sim, o mundo não está pronto ou disposto para aceitar pessoas independentes, a estrutura psicológica de quase todos que o rodeiam se baseia no medo, e, se você for independente estará fora do controle deles, poderá tomar atitudes que não constam da cartilha que eles estudaram, poderá ameaçar a – falsa noção de – segurança deles. Então é preciso conter você. Repreender. Desqualificar. Criticar. Quando você se livra de seus “policiais” internos, os que o rodeiam tentam assumir esse papel. E, se você não está mais em luta interna, o lado de fora passa a travar a luta com você.

Essa é a hora do segundo passo. Quando você começar a experimentar a autenticidade, quando experimentar ser você, você vai acreditar menos no que a sua mente diz. Mas, é preciso que você também não acredite na mente dos que o rodeiam. Se não, você irá apenas mudar a “luta” estressante de lugar, se você aceitar a provocação dos que tentarão “enquadrá-lo” novamente, você vai entrar novamente em estresse. E, com o tempo, a tendência será você voltar a internalizar o estresse para evitar o estresse interior. Quando fazemos isso, temos a falsa noção de que a luta interna será mais possível de ser controlada do que a externa, e, assim, menos ameaçadora e estressante. Vil engano. Mas, a boa notícia é que não precisamos, por nada, “comprar” estresses externos após abrirmos mão das causas do estresse interno.

Se não acreditarmos, como fizemos conosco mesmos, na mente dos que nos cercam, não nos preocuparemos em ter êxito ou sucesso onde os outros procuram ter. Não sentiremos necessidade de dar satisfações às crenças deles. Sua coerência, a partir de agora, deve ser não com o que todos acreditam ou esperam de você, mas com o que a sua sensibilidade aponta como sendo importante para o seu desenvolvimento como pessoa. Você continua se relacionando com todos os que você ama, mas não mais com aquilo que eles acreditam ser, e sim, com o ser genuíno que há dentro de cada um deles. E, não é desse ser que vêm as restrições à sua liberdade. Não é de lá que vem o amor verdadeiro deles por você. Esse amor real, você não perderá por contrariar o personagem mais superficial daqueles que você ama.

O terceiro passo é harmonizar o terreno interno. Você arrancou as ervas daninhas das crenças em falsos “alvos” que prometiam a felicidade artificial, para buscar a verdadeira. Agora, é preciso preparar o terreno para cuidar do seu “jardim interno”. Para isso, você precisará de lucidez interior. Isso não é fácil de se conseguir sozinho, não é fácil preparar o terreno sem um ancinho ou enxada, e, muito menos sem enxergá-lo. O ancinho e a enxada podem ser as técnicas de meditação. São as melhores aliadas para quem deseja conquistar uma harmonia interior com direito à liberdade e autonomia.

Quando a ciência atual tece elogios à incrível capacidade da meditação de neutralizar o estresse e restaurar a memória, não imagina que essa prática está fazendo algo que vai muito além disso. A meditação cria condições para que você viva conforme sua fonte pessoal e intransferível, conforme aquilo que você tem de único dentro de você, mas em harmonia com o mundo que o cerca.

Esse final da luta consigo e com o mundo, é a primeira causa da regeneração cerebral, mas a meditação te leva também a descobrir e realizar o propósito de sua vida. A desabrochar a semente daquilo que você é, e ter condições de vê-la crescer até conhecer a incomparável fragrância de sua flor e doçura de seu fruto.

O estresse se vai, porque não há mais contradição entre aquilo que você é internamente e externamente. O estresse se vai, porque você realizou o seu propósito. Não há mais o que temer, não há mais com que lutar. Apenas fluir. E usufruir.

Pedro Tornaghi

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“Memória e Rejuvenescimento Celular através da Meditação”

com Pedro Tornaghi

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Prático e Teórico
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Benefícios das Meditações do Curso:

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Para o físico:

– Minimizam o desgaste celular em todo o corpo e promovem a recuperação da camada protetora das células.

– Aumentam a vitalidade e resistência dos neurônios, deixando o cérebro forte para fazer frente ao poder destrutivo do tempo e retardar os sinais de velhice.

– Ativam e tornam alerta o sistema límbico, a parte do cérebro que administra a memória.

– Aumentam o fluxo sanguíneo cerebral, assim como a nutrição de oxigênio, glicose e hormônios, necessários à função cognitiva e ao raciocínio claro.

– Equilibram os chakras e aliviam tensões musculares.

– Dosam a produção de cortisol em níveis saudáveis e regulam o sistema endócrino, neutralizando os principais agentes de deterioração do sistema nervoso.

– Reorganizam todo o sistema neuro-vegetativo, melhorando as funções metabólicas, aliviando o estresse e prevenindo doenças degenerativas.

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Para o mental e emocional:

– Recuperam os níveis mais altos de desempenho das funções cognitivas.

– Evitam a fadiga mental e interrompem o declínio intelectual associado à idade.

– Ampliam a reflexão interior ao mesmo tempo em que restauram as habilidades da percepção, atenção, memória, inteligência e criatividade.

– Ajudam a conservar o bom-humor, cultivando um oásis emocional e psicológico interior.

– Tornam a pessoa mais ativa, organizada e eficiente, sabendo administrar melhor o tempo.

– Reordenam a memória, desarticulando velhos medos que inibem e sabotam o crescimento  pessoal.

– Estimulam a constante criação de ramificações neuronais, proporcionando o entendimento da complexidade do mundo e inspirando agilidade no uso de oportunidades.

– Induzem a um maior “centramento”, resultando em um olhar naturalmente mais amoroso para o mundo e um fluir da vida em harmonia.

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5 comentários em “Declínio da Memória

  1. Tenho interesse em fazer o curso. Favor enviar informações!
    Olá Valéria,

    O curso começará no dia 4 de abril, com uma palestra demonstração que acontecerá em dois horários, às 16:00hs e às 20:00hs, se você tiver disponibilidade de ir a uma delas, creio que será o ideal para você se certificar de que ele se encaixa no que você está buscando.

    Enquanto isso, nessa página você encontrará os dados objetivos do curso: https://pedrotornaghi.com.br/?page_id=82

    E esses três artigos, imagino, poderão te dar uma ideia antecipada do curso, o primeiro “A Arte Milenar da Memória ” fala dos cinco pilares do curso,os outros dois versam sobre as meditações da memória por outros ângulos:

    “A Arte Milenar da Memória “: https://pedrotornaghi.com.br/?page_id=1159
    “As Meditações da Pineal”: https://pedrotornaghi.com.br/?page_id=1135
    “O Paraíso Esquecido”: https://pedrotornaghi.com.br/?page_id=1177

    Qualquer dúvida, estaremos à disposição.

    Um grande abraço e boa leitura,

    Pedro

  2. Quero me increver para o curso :
    Memória e Rejuvenescimento Celular.
    Horário: 16h às 17h:45
    Dia:04 abril.
    Obrigada.

  3. Pedro muito querido,
    Seus textos continuam inspiradores. Maravilhosos. Sempre proporcionando paz e harmonia.
    Obrigada.
    Saudades de um retiro. Vai ter esse ano?

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